Anselmo Ralph: "Sempre queria ser mais atrevido"
"Acima de tudo são dois concertos bastante intimistas." É o próprio Anselmo Ralph quem o diz a propósito dos seus concertos de amanhã e quinta-feira no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Conta que andava "com saudades do público de Lisboa" e em particular deste, "do Coliseu". Depois de uma Meo Arena lotada, em dezembro, agora o palco da baixa lisboeta. Palco que "tem uma coisa que o Meo Arena não consegue dar, que é a intimidade com o público. O Meo Arena é aquela coisa dos números, o mega show, o impacto. É um espetáculo muito mais distante, e o Coliseu é muito mais especial. Não quero tirar o mérito do Meo Arena. É definitivamente especial, no sentido em que é uma sala que tira teimas."
Quanto a essas, as teimas, ele, que já entrou no 11º ano de carreira, já as tirou. E é daí que vêm as canções do novo álbum que hoje e amanhã se escutam no palco. Chama-se After Party e tem data de edição marcada para 20 de junho. "Muita gente [perguntava]: "Mas porquê After Party?" "E eu digo: "Olha, é a celebração dos dez anos de carreira." Ocorreram coisas negativas, mas as coisas boas acabam por ter muito mais peso em relação às coisas negativas e para mim foi uma grande festa, esses dez anos de carreira. Esta é a after party dos dez anos de carreira" diz o músico angolano de 33 anos - completados a 12 de março - a meio de um ensaio para os dois concertos, com os seus músicos à espera.
(Artigo corrigido às 17.20: os concertos decorrem amanhã, quarta-feira, e quinta-feira)